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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Martin Luther King

Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não aprendemos a conviver como irmãos." (Martin Luther King)

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

EU !...

Numa noite muito escura,
O vento uivava e a chuva caía torrencialmente,
Eu com sol, suor, procurava o teu amor como um
Tesouro oculto.

Badjuda, tu és a rainha encantadora da paixão,
Flor de Romã do médio oriente,
Tens lábios cor-de-rosa, olhos de cristal,
Sorriso brilhante, ardente como uma noite
De Lua cheia, num oceano cheio de rosas,
Procurando o teu amor.

Badjuda, por quantos poderás avaliar paixão
Que eu sinto por ti?
Se, porventura, eu estiver na montra dos eleitos.
Então, direi que, se tens amar alguém,
É porque tens um mundo a criar.

Badjuda, deixa que essa obra-prima cresça.
Sonho que um dia você será a minha parceira ideal,
Para toda a vida…



Poema: feito por Celestino Elton Infanda.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Eu tenho um sonho

A Guiné-Bissau faz parte dos países mais pequenos da África Ocidental, com 36.125 Km2 de superfície.
Segundo o reconhecimento feito em 1991, a população da Guiné-Bissau é de cerca 1.046.150 habitantes, sendo 48% de homens e 52% de mulheres. Bissau a capital, com maior número de habitantes: O país é limitado a Norte pela Republica do Senegal, ao Sul e Leste pela Republica da Guiné-Conacri e a Oeste pelo Oceano Atlântico. AS coordenadas geográficas são 12.00 latitude Norte e 15.00 de longitude. a língua nacional é o crioulo, sendo o português a língua oficial.

A Guiné-Bissau tem clima tropical e um baixo nível de altitude. O seu ponto mais alto situa-se apenas a 300 metros. O interior é composto por savanas e as ilhas costeiras é basicamente uma planície pantanosa. A estação de chuvas é semelhante a uma monção, alternando com período em que ventos quentes e secos que sopram do Saara e ventos húmidos do Oceano Atlântico.
AS crianças guineenses são inocentes, vulneráveis, dependentes, curiosas, activas e cheias de esperança.
Deveriam ter tempo para alegria, para a paz, para brincar e aprender.
Deveriam ter o futuro em harmonia e em cooperação.
Deveriam ter uma vida sólida na medida que possam concretizar as suas expectativas e ganhar novas experiências.

Porém, para muitas crianças, a realidade da sua infância é bastante diferente.
Diariamente milhões de crianças no mundo, sobretudo na Ásia, na América do Sul, Europa Ocidental África, inclusive no meu país, Guiné-Bissau sofrem de efeitos malignos da pobreza, da crise económica, da fome, do desabrigo, do analfabetismo e da degradação do meio ambiente. Elas sofrem graves efeitos dos problemas externos e internos e da falta de desenvolvimento sustentável.
Em muitos países em via do desenvolvimento as crianças estão a ser utilizadas nas guerras sendo vítimas de violência e de descriminação, violando-se assim os princípios da convenção dos direitos da criança (CDC) aprovada em 1924 pela Sociedade das Nações.

Lembramos que em 1924 a Sociedades das Nações aprova a primeira declaração sobre os direitos da criança;
Em 1945 a carta das Nações Unidas exorta os países a incentivarem e a promoverem os direitos humanos e liberdades fundamentas de todos seres humanos;
Em 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia Geral da ONU, reconhece os direitos das crianças, ao afirmar que todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade em direitos e que a maternidade e a infância têm direito a ajuda e a assistência especial;

No mesmo ano, a Assembleia Geral da ONU aprova uma segunda declaração sobre os direito da criança, um documento com sete pontos que leva mais longe a declaração de 1924 afirmando que “os homens e mulheres de todas as nações, reconhecendo que a comunidade deve às crianças aquilo que de melhor tem para dar, declara e aceita que é seu dever cumprir esta obrigação em todos os aspectos”;
Em 1959 uma terceira declaração sobre os direitos da criança ainda mais pormenorizada, aprovada pela Assembleia Geral da ONU;
Em 1961 o quadro jurídico internacional é reforçado com aprovação do pacto internacional sobre direitos civis e políticos e o pacto sobre os direitos económicos, sociais e culturais. Esses acordos entram em vigor em 1976 e impõem aos estados o dever moral e legal de respeitar os direitos humanos de todas as pessoas;
Todos estes esforços conduziram à provação da convenção sobre os direitos da criança em 1989 e a sua entrada em vigor em 1990. Tem por objectivo obrigar as pessoas de todos os países, de todas as culturas e de todas as religiões a esforçarem-se por garantir que todas crianças do mundo gozassem dos direitos: à sobrevivência, à saúde, à educação, viver num ambiente familiar favorável, brincar usufruir da cultura, à protecção da exploração e de todos os tipos de violência; a serem ouvidas e verem as opiniões a serem tomadas em consideração, sempre que se trate de questão que afecta a sua vida. O que não aconteceu no meu país.

As crianças da Guiné-Bissau vivem uma situação extremamente difícil, apesar do Estado ter subscrito os princípios basilares da protecção em matéria dos direitos humanos e particularmente no tocante à infância consagrados nos instrumentos internacionais, milhares de crianças da Guiné-Bissau continuam a viver em condições extremamente difíceis sem a protecção das suas vidas, conforme apontam as informação do MICS (Inquérito aos indicadores múltiplos) de 2000, a analise da situação das crianças e das mulheres na Guiné-Bissau de 2001 e outras fontes.
Vejamos alguns aspectos em concreto:
A nível de saúde, a nutrição e saneamento.
Mensalmente perdemos cerca de 1200 crianças, que morrem sem poderem completar 5 anos de idade. (Em 2002 a taxa de mortalidade infantil de menores de 5 anos de idade era de 211 por mil nascidos).
o paludismo, as infecções respiratórias agudas e a diarreia estão entre as principais causas da morbilidade e de mortalidade das crianças menores de 5 anos na Guiné-Bissau.
25% Das crianças menores de 5 anos de idade sofrem de insuficiência ponderal, ou seja baixo peso para sua idade; 30,4% das crianças que sofrem de atraso no crescimento são muito pequenas para a sua idade e 10,3% são magras ou demasiado magras para sua altura.
Ainda 59,9%da população tem acesso a agua potável, dos quais 79,2% no meio urbano e 49% na áreas rurais.
A nível da educação quase 60% das crianças guineenses em idade escolar continua sem poder frequentar a escola.
41,1% Das crianças em idade de instrução primária, na Guiné-Bissau, frequenta escola primária. Nas áreas urbanas 69,8% das crianças frequentam a escola, enquanto no meio rural só 24,1% o fazem.
Somente 43,2% das crianças que entram no 1º nível da escola primária atingem posteriormente o 5º ano.
62% Da população com mais de 15 anos é analfabeta (46% dos homens; 76% das mulheres).
Quanto a protecção constata-se uma inoperacionalidade institucional em matéria de protecção da infância, do ponto de vista da aplicação da CDC (convenção dos direitos da criança) sobretudo na definição de políticas e estratégias de luta contra a pobreza.
Mais de 50% das crianças continuam sem registo de nascimento, o que quer dizer que legalmente metade das crianças não existe, para além de influenciar negativamente a continuidade da educação.
O casamento precoce forçado, os abusos e a exploração sexual, os maus tratos e excisão feminina continuam a ser práticas frequentes nas comunidades, particularmente no meio rural, violando flagrantemente a integridade física e moral das crianças e adolescentes. Anualmente, cerca de 2000 raparigas são excisadas na Guiné-Bissau.

Para concluir, a Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e dos piores para se viver. Muitas das violações dos direitos das crianças são justificadas como sendo tradicionais contra os quais a justiça não quer lutar.
Esse é o caso, por exemplo, da excisão genital feminina, e do casamento forçado de meninas, e até da morte, de meninos que logo após a circuncisão em grupo, sem quaisquer cuidados de higiene são enviados para o mato, o que leva por vezes, à morte de alguns. Também existem casos de violação de direito de crianças que não podem ser justificadas pelas tradições, tratando-se sobretudo de comportamentos desiguais de rusticidade contra os menores, mas que também ficam impunes pela justiça do país.
Perante esta realidade atrás descrita gostava de fazer um pedido e de exprimir um desejo.

Pedir à O.N.U à U.E e de mais organizações defensoras dos direitos de crianças que reforcem os seus apoios ao meu país e aos outros países em vias de desenvolvimento que têm uma realidade semelhante à Guiné-Bissau.
Pedir também que controlem os apoios prestados para que estes não sejam desviados para outros fins, pois existem governantes e outras pessoas ou seja abutres que se aproveitam destes apoios para benefícios próprios.
Pedir ainda para que os governantes aceitem as convenções internacionais e a carta africana sobre os direitos de crianças e desencadeiem os processos e as acções necessárias ao cumprimento das mesmas.
Pedir ainda a todas as instituições internacionais e nacionais, nomeadamente às do meu país, que se unam e lutem a favor do cumprimento dos direitos de crianças em todo o mundo.
* Face à incapacidade dos governantes do meu país, e da África em geral, em resolver os problemas das crianças "eu tenho um sonho": que um dia os africanos possam resolver os seus problemas sem depender das ajudas estrangeiras; que ultrapassem as divisões tribais e que se sintam como uma nação e que ponham em primeiro lugar a solução dos problemas da educação e da saúde.






Obs: Esta situação acima explanada, no meu País ainda é o mesmo. Nada mudou se calhar agravou...
Este texto também é publicado num dos artigos do jornal da minha escola.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Com quem?

Com quem posso eu partilhar os meus segredos,
A minha mágoa,
Já que a tristeza cercou a minha felicidade?
Com quem?
Com quem eu posso conversar, desabafar
Os meus pesadelos e a minha dor
Já que penso que não sou importante para ninguém?
Com quem?
Com quem posso eu sentar me para falar do meu passado
E dos meus sonhos para o futuro?
Com quem?

Quem me dá o colo, para deitar as lágrimas da sorte?
Quem me acolhe, neste lugar tão sinistro, cheio de injustiça,
Inveja, hostilidade …
Quem?

Será que eu fiz mal a alguém para estar a passar tudo isto?
Creio em Deus todo-poderoso para me salvar deste sofrimento.

Este maldito destino que me separou dos meus pais,
Da minha família e dos meus amigos …
E que me empurrou para o mundo da injustiça…
Mas tenho fé.
Às vezes penso em desistir desta vida, mas para não abortar
A esperança da minha Mãe, continuarei de cabeça erguida
Para fazer face à situação.
Quem sabe se, os meus sonhos, a minha fé e minha
Vontade, não irá vencer?
Só Deus o saberá!




Poema: feito por Celestino Elton Infanda.

Agradecido Madrasta…

O que será de nós?
Se não fosse a senhora que aceitou
Nos dar um espaço dentro de si, para
Abrigarmos.

O abando da nossa Mãe África,
Não foi da nossa vontade e não porque
Ela é má. Mas sim, foi a busca de melhores
Condições de vida.
Porque queremos fazer dela como você
Madrasta.

O que hoje acontece em África, é triste e
Lamentável. Vendo os próprios irmãos a
Massacrarem uns aos outros, outros a morrerem
Da fome, guerra, injustiça, calúnia e
Muito mais...
Ate parece uma luta selvagem, onde os mais
Fortes fazem o que entenderem com os mais
Fracos.

Hoje no meu continente é salve-se quem poder
Por isso somos obrigado a fazer papel das
Aves migradoras, alguns dos nossos irmãos
Ficaram pelo caminho, porque a vida não lhes deu
Trelas, mas a luta contínua.

Se eu pudesse passar-lhes certificados de incompetência
Já lhes passava. p´ra saberem que o meu continente
Esta a ser mal governado. Mas como não posso,
Tenho fé que um dia a verdade e a justiça vão reinar no
Meu continente.
Que Deus abençõe o povo africano.



Eu tenho um sonho…17-02-2007
Feito por: Celestino Elton Infanda

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

EU…!
Eu, num mundo sozinho,
Sem saber o que fazer,
Lastimando a minha tristeza e angústia,
Pensando que nasci num continente singelo.
Mas, enfim, descobri que nasci num mundo de cerração,
Num mundo de intolerância, desonestidade e desonra.

Oh mãe África
Choro tanto sofrimento dos teus filhos na diáspora,
Que cada dia estão empenhados no trabalho e nos estudos.
Só para te fazer feliz como as tuas amigas,
Choro a infelicidade dos outros que vivem em ti felizes,
Alegres, com suor dos outros,
Enquanto os outros lagrimavam.



Mãe África!
Tenho fé de que um dia, com esforço dos teus filhos,
Tudo vai mudar.
EU TENHO UM SONHO…
Poema, feito por: Celestino Elton Infanda. 25-05-2006